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Postado em 23 de Fevereiro de 2017 às 11h35

FALSIFICAÇÃO DE ALIMENTOS

Institucional (1)

Tecnologias de Processamento

Por Sean Riley em 15/02/2017

Sistemas de escaneamento protegem consumidores na crescentemente frágil cadeia de suprimentos

Em meio a recalls de produtos e ao advento da Lei de Modernização de Segurança Alimentar (tradução livre de: Food Safety Modernization Act), um setor que vem ganhando destaque, mas que parcamente figura em manchetes de notícias, é a falsificação de alimentos – de acordo com o relatório de Pesquisa de Mercado de Proteção de Marcas e Rastreabilidade de Produtos de 2016, elaborado pela Associação para Tecnologias de Embalagem e Processamento (PMMI, na sigla em inglês).
Estima-se que o mercado de embalagens antifalsificação testemunhará um crescimento expressivo nos próximos cinco anos devido à diversificação promovida por falsificadores, que ultimamente têm ido além de seus alvos prediletos, como produtos de luxo, alimentos, bebidas e remédios – chegando até mesmo ao ponto de falsificar todo o processo de embalo, imitando a serialização das embalagens verdadeiras. Dado que cada vez mais produtos viajam ao redor do mundo antes de chegarem aos consumidores, é crucial que se mantenha a precisão do produto. Em meio a tudo isso, a falsificação se tornou um desafio cada vez mais crescente.
Na verdade, o ônus à indústria alimentícia global causado por fraude em alimentos devido à substituição ou omissão de ingredientes, produtos diluídos e proteínas classificadas de forma equivocada e deliberada chega a US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 47,8 bilhões).
Recalls de alimentos nos EUA aumentaram quatro vezes nos últimos cinco anos em decorrência da cada vez mais complexa e crescente cadeia de suprimentos; questões de higienização na fabricação; contaminação cruzada; e longas distâncias de transporte. A América do Norte, enquanto isso, contabiliza 50% do crescimento total global de comercialização de embalagens para alimentos antifalsificação, uma vez que processadores de carnes bovina e avícola, fabricantes de frutos do mar, de derivados do leite, farináceos, embutidos e de hortifrúti vêm adotando códigos que podem ser lidos por máquinas para obter mais rastreabilidade.
Uma tecnologia inovadora de embalagens para carnes, aves e frutos do mar mede o frescor dos alimentos pelo toque. Uma pequena lâmina bioativa de gelatina é posicionada no canto da embalagem; quando a gelatina fica macia, isso quer dizer que o alimento está seguro; mas, quando fica dura e irregular ao toque, quer dizer que o alimento estragou. Essa tecnologia evita que alimentos fraudulentos ou de baixa qualidade sejam maquiados como se pertencessem a uma determinada marca.
A data de validade tátil é a única maneira de fazer com que o consumidor preste atenção a um nível de sentidos geralmente ignorado: seu próprio tato.
Sistema de escaneamento é o mais utilizado.

Ao passo que novas tecnologias surgem, o sistema de embalo antifraudes mais empregado em produtos alimentícios é o por escaneamento. Quase metade das empresas alimentícias que participaram do relatório da PMMI menciona que fazem uso de sistemas de escaneamento para garantir que identificações em produtos possam ser lidas e que os rótulos estejam afixados corretamente. O código de barras unidimensional continua sendo o preferido, com 70% das empresas pesquisadas tendo relatado seu uso.
Sistemas de escaneamento foram aperfeiçoados recentemente em relação a 10 características citadas no relatório de Proteção à Marca e Setor de Rastreabilidade de Produtos de 2016:

1) Mais qualidade em termos de resolução, que se traduz em maior definição de imagem;

2) Leitura de etiquetas e códigos de identificação aperfeiçoada, significando menos chances de distorções em marcações e códigos;

3) Mais capacidade de decodificação de mensagens e imagens em caracteres e etiquetas de identificação pequenos;

4) Leitura ótica aprimorada, menos sensível à luz ambiente;

5) Software de leitura mais sofisticado, facilmente integrável;

6) Soluções mais padronizadas e originais;

7) Facilidade de uso por meio de mecanismos ajustáveis;

8) Verificação de rastreamento e identificação, que detecta cores; e

9) Sistema de escaneamento em 360° para conferir uma visão complete do produto.

A feira de negócios ProFood Tech – que será realizada entre os dias 4 e 6 de abril deste ano no centro de convenções McCormick Place, em Chicago, EUA – trará uma variedade enorme de sistemas de escaneamento, equipamentos de verificação por raio-X e sensores. Impulsionada por três das maiores marcas mundiais promotoras de eventos desse porte (PACK EXPO, Anuga [Feira Alemã de Negócios nos Setores Alimentício e de Bebidas) e Associação Internacional de Laticínios [IDFA, na sigla em inglês]), esse evento reunirá mais de 6.000 participantes, que poderão conferir inovações a serem apresentadas por 400 das maiores empresas fornecedoras de equipamentos para a produção de alimentos e de bebidas. A programação da ProFood Tech, elaborada pela IFDA, abordará mudanças no mercado, tendências e regulamentações por meio de um cronograma composto de 36 conferências. As inscrições no evento custam US$ 30 (R$ 92,55), mas por tempo limitado. Essa taxa aumentará para US$ 100 (R$ 308,50) se você fizer a inscrição na hora. Inscreva-se já por meio do site www.profoodtech.com (página disponível apenas em inglês).


Sobre o autor
Sean Riley é diretor sênior editorial da PMMI, Associação para Tecnologias de Embalagem e Processamento

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